QUE PAPEL ISRAEL DESEMPENHA NO PROGRAMA DE DEUS PARA O FUTURO?

QUE PAPEL ISRAEL DESEMPENHA NO PROGRAMA DE DEUS PARA O FUTURO?

     QUE PAPEL ISRAEL DESEMPENHA NO  PROGRAMA

ESCATOLÓGICO DE DEUS?

 

     Daniel 9:24-25. Deus revelou a Daniel que a história de Israel está estreitamente ligada às 70 semanas; as profecias sobre esse período são para  Israel e a Cidade Santa. Estas profecias são fundamentais para entender o quadro atual que estamos vivendo. A palavra traduzida por “ semanas”  significa aqui uma unidade numérica de sete anos; portanto, “ setenta semanas” equivalem a um período de 490 anos.

Deus revelou a Daniel uma visão geral dos eventos futuros relacionados a Israel. A João, no Apocalipse, Ele forneceu os detalhes desses acontecimentos. Entenda que, quando Deus fala com Daniel, está falando diretamente com Israel. Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, Daniel 9.24.

É justamente destes  490 anos (setenta grupos de sete anos) que ainda devem se cumprir no desenrolar do programa profético do Senhor para Israel, antes do estabelecimento do reino. Veremos o objetivo de Deus em acabar com a transgressão, dar fim aos pecados, expiar a iniquidade, selar a visão e a profecia,  ungir o Santo dos Santos, além de implementar um reino de justiça (v. 24)..

Entretanto, com a morte do Messias, temos um hiato de tempo. Quando Jesus entrega sua vida na cruz por nossos pecados, chega às 69 semanas de anos (483 anos), restando apenas uma única semana das 70.  Neste hiato de tempo, vem a era da Igreja, e o que fecha esse período para voltar a continuar contando os 7 anos que faltam para completar as 70 semanas de Daniel é o arrebatamento da Igreja.

No livro de Apocalipse, a partir do capítulo 6, não se fala mais na Igreja, pois os capítulos seguintes tratam desta última semana, com foco em Israel, nos 144 mil anciões, nas duas testemunhas. Este cenário profético retoma de onde tinha parado.

Os últimos sete anos completarão o programa de Deus, dando início à Grande Tribulação, que ocorrerá em duas etapas: a primeira de três anos e meio, na qual se manifestará o Anticristo e o Falso Profeta (a besta que emerge do mar e a besta que emerge da terra), já na segunda faze se dará a grande batalha do Armagedom.

O início desse período ocorrerá quando “ um príncipe que há de vir (Dn 9.26) fizer uma aliança firme e com muitos” (Dn 9.27). Tal homem também é identificado, em outras partes, como o “ chifre pequeno” ( Dn7.8,24,25) e como “ homem da iniquidade” ( 2Ts 2.3). Ele, que liderará uma coalizão de nação ocidentais naqueles dias, fará também uma aliança com Israel trazendo paz aos Judeus. Devida a essa paz, o Templo será reconstruído na primeira parte da Tribulação (Dn 9.27 – prevê que na primeira metade da tribulação haverá “sacrifícios” em Israel, atividade feita exclusivamente no Templo)

            Neste período, temos o capítulo mais tenebroso da  história da humanidade.     O “ dia do Senhor”  atingirá terrivelmente os que ficarem na terra.

             Durante o final do período de sete anos, Jerusalém será o foco internacional, mas não de uma forma positiva. As nações procurarão eliminar Israel e invadir Jerusalém: "Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de atordoamento para todos os povos vizinhos e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos. Todos os que tentarem erguê-la ficarão gravemente feridos. E todas as nações da terra se ajuntarão contra ela   (Zc 12.2-3)

    O futuro que Deus tem  para Israel centraliza-se na segunda fase do retorno do Messias e no estabelecimento de seu reino prometido. Essa era a predição universal de praticamente todos os profetas do Antigo Testamento. Aqui estão vários exemplos: Isaías 9:7, Jeremias 33:14-15, 25-26, Ezequiel 37:21-22 e Daniel 2:44.

Durante o período do final da última semana de Daniel, uma confederação do norte atacará Israel (Ez 38-39). Os possíveis participantes, segundo Ezequiel 38.1-6, são a Rússia (Gogue e Magogue), o Irã (Pérsia), o Sudão (Etiópia), a Líbia (Pute), a Ucrânia (Gômer), a Turquia e a Síria (Togarma). Esses ataques ocorrerão após o tratado de paz, quando os israelitas habitarão na sua terra, tendo retornado do exílio mundial. 

O Homem da Iniquidade (a besta), na primeira parte da Grande Tribulação, vem como um líder capaz de resolver todos os problemas entre as nações, trazendo paz. Entretanto,  em Daniel 9:27, seu caráter real é descrito; ele  “ parece como cordeiro, mas fala como dragão (Ap 13.3).

Nos últimos três anos e meio,  das 70 semanas, ele se assentará no santuário de Deus  e, como Deus, se apresentará, exigindo que Israel o adore (2 Ts 2.3-4). Quem lhe dará  esse poder será satanás ( Ap 13.2), além de poderes sobrenaturais (2Ts 2.9). Como Israel vai se ver enganado, não permitirá essa profanação, é aí que o Anticristo  vem  com seu furor,  juntamente com as nações inimigas de Israel,  os reinos do Norte e do Leste. Facilitados pela seca do rio Eufrates (Ap 16.12), reuniram-se no vale de Megido.

Outro local de conflito será Jerusalém (Zc 12.9; 14.12;  14.4) e Bozra, atual Petra (Is 63.1-6). Essas três regiões compreendem o Norte, o Centro e o Sul de Israel. No meio desta batalha, os judeus vão clamar por socorro ao Messias (Zc 12.10-12), e o Senhor Jesus voltará uma segunda vez, agora não mais  como fez para arrebatar a Igreja, pois a mesma já está com Ele. Agora, Ele (Jesus) vem para socorrer Israel,  e os seus santos virão com Ele para derrotar todas as nações “bodes” (Mt. 25.21-41; Ap 19.11-21), e aniquilá-los completamente (Ap 14.20; 19.17-18).

           As profecias relacionadas à primeira vinda de Cristo foram todas cumpridas literalmente. Isso fornece um padrão de como devemos interpretar aquelas profecias relacionadas à sua segunda vinda. Este é o papel que Israel tem na Escatologia de Divina.

 

Referências Bibliográficas:

Bíblia Sagrada: RC

Seminário de Escatologia: AD GRAMACHO

Livros: Daniel e Apocalipse – Antônio Gilberto

Livro: Escatologia Pentecostal - Esdras Cabral

Livro: Escatologia Bíblica – Juliano Fraga

Livro: Manual de Escatologia – Paul N. Benware