Jerusalém: A cidade do Grande Rei
Jerusalém, a Cidade do Grande Rei
Na história há relatos sobre muitas cidades incríveis. Houve o esplendor da antiga Atenas, a magnificência de Roma, a maravilha da Babilônia, e o espantoso Colosso que, em certo tempo, montou guarda sobre a entrada da antiga cidade de Rodes, para citar apenas algumas.
Mas nenhuma cidade pode se orgulhar de sua história e de suas lutas, ou da presença do Deus Altíssimo, como a antiga cidade de Jerusalém.
Jerusalém é mencionada nas Escrituras mais de 800 vezes e é a única cidade na Terra que Deus escolheu para ser “a cidade do grande Rei”(Sl 48.2;Mt 5.35).
Jerusalém realizou uma celebração de 15 meses de duração por seu aniversário de 3.000 anos em setembro de 1995, quando comemorou a conquista da cidade pelo rei Davi. Mas Jerusalém é ainda mais antiga do que isso e tem sido um ponto importante da Bíblia desde os dias de Abraão.
ABRAÃO E MELQUISEDEQUE
Depois que Abraão resgatou seu sobrinho Ló de quatro reis que atacaram Sodo-ma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar, ele recebeu isto de um outro rei: "Melquisedeque Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote ao Deus Altíssimo"(Gn 14.18).
Salém é o nome antigo da cidade de Jerusalém. Como escreveu o salmista Asafe:"Em Salém, está o seu tabernáculo” (Sl 76.2). A palavra"salém”está relacionada coma palavra hebraica “shalom”, e pode ser traduzida como “pacífica”. Melquisedeque era rei e sacerdote do Deus Altíssimo em uma cidade chamada Pacífica.
Todavia, durante toda a sua história, Jerusalém tem visto pouca paz. De acordo com um historiador secular,“ela já viu pelo menos 118 conflitos. Foi arrasada pelo me-nos duas vezes, já foi sitiada 23 vezes e teve pelo menos cinco períodos separados de violentos ataques terroristas no século passado”.
O primeiro conflito mencionado na Bíblia aconteceu nos dias de Josué. Quando Adonizedeque, rei de Jerusalém, ouviu falar como o israelita Josué havia conquistado a cidade de Ai, ele fez uma aliança com quatro outros reis, num esforço para destruir Gibeão, uma cidade maior do que Ai e que havia enganado os israelitas, fazendo-os firmar um tratado de proteção (Js 10.1-5).
O Senhor usou Josué para libertar Gibeão e matar os reis inimigos. Neste ponto, Jerusalém estava sob o governo dos jebuseus e era conhecida como jebus. Os jebuseus são geralmente denominado cananeus, mas apenas em um sentido geográfico. A Bíblia os distingue cuidadosamente dos cananeus étnicos ( Gn. 15.21; Êx 3.7-8
Os Israelitas finalmente fracassaram em purificar sua herança, pois não expulsaram todos os pagãos. Somente muitos anos depois, com Davi, foi que jebus veio para as mãos do povo judeu:"partiu o rei com os seus homens para jerusalém que habitavam naquela terra (...) Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; está é a cidade de DVI" ( 2 Sm 65.-7).
Davi fez rapidamente de Jerusalém sua capital. " Foi, pois, Davi e, com alegria, fez subir a arca de Deus (...) à Cidade de Davi [jerusalém]" (2 Sm 6.12).
Davi desejou construir um templo, mas Deus lhe disse: "Não edificarás casa ao meu nome, poque és homem de guerra e derramaste muito sangue" (1 Cr 28.3). Em vez disso, Deus lhe falou: "Teu filho Salomão é quem edificará a minha casa" (v. 6). O nome Salomão vem da palavra hebraica "Shalom" , que quer dizer "paz".
Nenhuma Cidade, a não ser Jerusalém, poderia ter abrigado o templo, porque Deus declarou:", Mas escolhi Jerusalém para que ali seja estabelecido o meu nome" ( 2 Cr 6.6). Salomão levou sete anos construindo o Templo, que foi completado no ano 960 a.C
Após Salomão
Depois de Salomão, Jerusalém passou por muitas dificuldades. O reino foi dividido. Jerusalém permaneceu sendo a capital do reino do Sul, Judá, que também incluia a tribo de Benjamim. As outras 10 tribos constituíram o reino do Norte, Israel ou Efraim. No ano 722 a.C., a Assiria conquistou o reino do Norte.
Mas Jerusalém permaneceu nas mãos dos Judeus até o ano de 586 a.C., quando a rejeição a Deus e a sua lei pelos israelitas trouxe juízo sobre eles, como Moisés havia profetizado: "Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão. (...) O Senhor te levará a ti e a teu rei, que tiveres posto sobre ti, a uma nação que não conheceste, nem tu nem teus pais; e ali servirás a outros deuses, ao pau e à pedra. (...)E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra; e ali servireis a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; ao pau e à pedra. (...) Pela manhã dirás: Ah! quem me dera ver a noite! E à tarde dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Pelo pasmo de teu coração, que sentirás, e pelo que verás com os teus olhos.
Os Babilônicos conquistaram o reino do sul e queimaram a Cidade Santa. O Templo de Salomão foi arrasado e os israelitas foram levados para o cativeiro na babilônia, como Deus havia prometido pelo profeta Jeremias (Jr 25.11-12).
No ano de 538 a.C o rei Ciro, o Grande, da Pérsia, permitiu que o povo Judeu retornasse para sua casa, como Isaias havia profetizado. Deus havia dito que Ciro realizaria toda a sia vontade: Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado. (Is 44.28)
Com o tempo, Jerusalém e o Templo foram reconstruído e dedicados no ano 515 a.C. Embora o povo judeu tivesse perdido a soberania em Jerusalém, ela permanecia na sua Cidade Santa. Os Sacrifícios continuaram até que Jerusalém foi atacada no ano 167 a.C pelo rei selêucida Antíoco IV, Chamado de Epifânio.
Depois de uma rebelião do tipo de guerrilha, liderada pelos Macabeus, o povo judeu livrou-se dos seus opressores e rededicou o Templo em 164. a.C.
Jerusalém foi capital do império Hasmoneu (Macabeu) até que foi invadida por Roma, no ano 63.a.C os romanos apontaram Herodes, o Grande como rei de Jerusalém. Ele governou desde 37 a.C. até sua morte, no ano 4 a.C. Herodes começou a renovar o Segundo Templo, um projeto que levou 46 anos.
Fonte: Revista Chamada da Meia noite de Março de 2015 I ANO 37 I Nº 03
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