Jerusalém e os Muçulmanos
Fonte: Revista Chamada da Meia noite de Março de 2015 I ANO 37 I Nº 03
Jerusalém e os muçulmanos
A maior parte das pessoas sabe que Jerusalém é importante para três religiões:judaísmo, cristianismo,e islamismo.O que muitos podem não saber é que a cidade é mencionada apenas nos escritos sagrados dos cristãos e dos judeus, e que foi a capital exclusivamente do povo judeu.
Contudo, o islamismo considera Jerusalém como seu terceiro lugar mais sagrado. A qualquer dia que você assistir ao noticiário a respeito do Oriente Médio, poderá ver multidões islâmicas prometendo derramar seu sangue por amor a Jerusalém.
Em 2014,no funeral de um terrorista chamado Sarhan, a multidão gritava: “Sarhan, descanse em paz; continuaremos a luta! Com a alma e com o sangue nós o redimiremos, Sarhau! Ó prisioneiros, estamos unidos, e derrotamos o inimigo! Milhões de mártires (shahids) estão marchando para Jerusalém".
Por que tal fervor, se o Corão, o livro mais sagrado do islamismo, nem sequer menciona Jerusalém? E o sítio mais sagrado do islamismo é Meca. Depois de Meca vem Medina. Ambas as cidades ficam na Arábia Saudita. Os muçulmanos oram voltados para Meca, com suas costas para Jerusalém. É o povo judeu que ora voltado para Jerusalém.
Logo, por que os árabes gritam nas ruas: “Vamos sacrificar nosso sangue e nossas almas por você, Jerusalém”? O que tem Jerusalém que faz com que os muçulmanos a queiram? A resposta está na natureza do islamismo
Na teologia islâmica, uma vez que os muçulmanos capturem alguma coisa, é uma desgraça perdê-la. Então, eles farão qualquer coisa para erradicar a presença judaica e recapturar o que perderam.
Hoje, os árabes falam de Jerusalém como se fosse a cidade mais sagrada para eles. Mas, quando os muçulmanos dominavam aquela área, Jerusalém nunca foi a sua capital. E ela jamais foi a menina dos olhos do islamismo.
Por quase 1.100 anos, Jerusalém foi o ponto central da vida judaica. Foi a capital da dinastia de Davi durante mais de 400anos e a capital do povo judeu na terra dos judeus por cinco séculos e meio, depois do retorno deles do cativeiro babilônico - em-bora já não tivessem mais a soberania daquela terra.
Mas, no ano 70 d.C., quando Roma esmagou a rebelião judaica que estivera cozinhando durante anos, destruiu a cidade e o Templo judeu.
No ano 135 d.C., o imperador romano Adriano esmagou outra rebelião judaica
Para certificar-se de que o povo judeu não tentaria retomar a cidade, Adriano paganizou-a, mudando o nome da província de Judéia para Filístia (terra dos filisteus, de onde vem o nome Palestina) e trocando o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina.
Ele também decretou banidos toda residência e práticas judaicas. A cidade permaneceu pagā até o ano 335 d.C, quando o imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo. Com a ajuda de sua māe, Helena, que supervisionou a construção de muitas igrejas, inclusive da Igreja do Santo Sepulcro, ele tornou Jerusalém um centro cristão.
ENTRA O ISLAMISMO
No século VII, uma nova religião surgiu no mundo: o islamismo. Durante anos,a. caaba (uma mesquita construída ao re-dor de uma pedra preta) em Meca foi um lugar de coração dos árabes, que tinham mais de 36il deuses.
Para certificar-se de que o povo judeu não tentaria retomar a cidade, Adriano paganizou-a, mudando o nome da província de Judéia para Filístia (terra dos filisteus, de onde vem o nome Palestina) e trocando o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina.
Maomé (570-635 d.C.), acreditando ser ele mesmo um profeta, afirmou receber nova revelação de um anjo e começou a ensinar contra o politeísmo, advogando a fé em um só Deus, a quem ele chamou Alá. Seus companheiros de Meca rejeitaram seus ensinamentos e, em 622, ele foi forçado a fugir para Medina, uma cidade com muitos residentes judeus. Maomé se apresentava aos judeus como profeta e tentava atraí-los com práticas semelhante sàs dos judeus.
De, acordo com Daniel Pipes, especia-lista em islamismo Maomé proporcionava“um jejum como o do Yom Kippur, um lugar de oração como o de uma sinagoga, permissão para comer comida kosher e aprovação para o casamento com mulheres judias. Mais importante ainda, ele repudiava a prática pré-islâmica dos mecaenses de orar voltados para a caaba”,[2] ensinando--os a orar voltados para Jerusalém. Maomé acreditava que os judeus abraçariam seus ensinamentos porque eram tão parecidos com os deles.
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